Igrejas começam a mudar o discurso sobre a homossexualidade
Quando o
pastor Louie Giglio foi impedido de dar a benção na cerimônia de posse do
segundo mandato de Obama, o motivo alegado foi as críticas públicas recebidas
devido a um sermão postado na internet em que ele condenava o relacionamento de
pessoas do mesmo sexo.
Quando
abriu mão do convite, Giglio minimizou a importância dessa questão. Na carta
que publicou para explicar sua desistência, afirmou que não tinha mudado suas
opiniões sobre a homossexualidade. Mas insistiu que o sermão era antigo e
acrescentou: “Claramente, falar sobre esta questão não tem sido uma de minhas
prioridades nos últimos 15 anos”.
A partir
de então, a mídia americana começou a questionar se havia, de fato, uma mudança
na postura dos pastores mais influentes dos Estados Unidos sobre o assunto.
David W. Key Sr., da Faculdade de Teologia da Universidade Emory, acredita que
os pastores que pararam de dar tanta ênfase ao combate da homossexualidade
estão atraindo mais membros.
Algumas
denominações, como a Episcopal Anglicana viu surgir uma divisão internacional
após um bispo assumidamente gay ter sido aceito. Outras, como os batistas,
maior grupo evangélico do país, continua contrária à união gay, mas encontra
dificuldade na unificação do discurso sobre o assunto. Várias igrejas
independentes assumem posturas moderadas, mas a maioria parece sequer tocar no
assunto.
Key
ressalta que isso sempre vai acontecer entre as igrejas evangélicas, desde os
debates sobre a abolição da escravatura até o consumo de álcool. De uma maneira
ou de outra a sociedade chega a um consenso e as igrejas acabam se conformando,
acredita o estudioso.
De fato,
em 2001, a Convenção Batista do Sul criou um grupo para debater o