
consciência.”
Robert Mickens, o correspondente do Vaticano para o
jornal católico The Tablet, disse que os comentários do pontífice foram
mais uma prova de suas tentativas de sacudir o mofo da imagem da Igreja
Católica, reforçada por seu antecessor extremamente conservador Bento XVI.
“Francisco ainda é um conservador”, disse Mickens. “Mas tudo isso é a tentativa
dele de ter um diálogo mais significativo com o mundo.”
Em resposta à carta de boas-vindas, o Sr. Scalfari
disse que os comentários do papa foram “mais uma prova de sua capacidade e
vontade de superar os
obstáculos no diálogo com todos”.
Em julho, Francisco sinalizou uma atitude mais
progressista sobre a sexualidade, perguntando: “Se alguém é gay e está olhando
para o Senhor, quem sou eu para julgá-lo.”
Nota: Que o papa queira recuperar a
imagem da Igreja Católica e estreitar os laços com o mundo, está no direito
dele. O que ele não pode fazer (nem mesmo ele) é passar por cima das Escrituras
e dizer o que elas não dizem. Basta um texto do Novo Testamento para deixar as
coisas claras: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu único Filho,
para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna"
(João 3:16). Evidentemente que Deus vai julgar cada pessoa pela luz que
ela possuía (Romanos 2:12, 13) e que a graça e a justiça de Deus nos
são incompreensíveis. Só Ele vê o que está no coração. Certamente teremos
surpresas no Céu (e uma delas é estarmos lá!). Mas não podemos ignorar o falto
de que Deus Se revela de muitas maneiras (Romanos 1:19, 20; Hebreus 1:1, 2) a
fim de que os que O rejeitam não usem a alegada falta de evidências como
desculpa. Sugerir que a consciência nos sirva de guia e de critério para a
salvação também não ajuda muito, uma vez que a consciência por si só não é um
guia seguro. O funcionamento dela depende de uma série de fatores, entre os
quais nossa formação. E se minha consciência estiver de tal forma cauterizada
pelo pecado que a prática da maldade se torne corriqueira para mim? Ela ainda
será um guia seguro? Não podemos nos esquecer de que a "matriz" da
natureza humana foi manchada pelo pecado. Somente Deus pode implantar em nós o
desejo de fazer o que é certo pelos motivos certos. Somente Ele pode santificar
nossa consciência para que, aí sim, ela nos sirva de guia, orientada pela
Palavra dEle. Não podemos "passar a mão" na cabeça dos ateus e dizer
que está tudo bem. Precisamos, sim, dizer que Deus os ama de qualquer forma,
mas que quer levá-los à maior descoberta da vida deles: a descoberta de que Ele
existe e quer conceder-lhes a vida eterna. Outro pensamento que me ocorreu ao
ler a notícia acima foi este: durante anos a Inquisição puniu cristãos que não
concordavam com os dogmas católicos. Eram pessoas sinceras que criam no mesmo
Deus do papa, mas acabaram na prisão ou na fogueira por crer de forma diferente.
Agora o papa releva a atitude daqueles que não creem. Realmente são outros
tempos... [MB]
Fonte: Criacionismo
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