Impede a conservação da memória
"O sono é uma etapa crucial para o cérebro transformar a memória de
curto prazo relevante em memória de longo prazo", afirma o neurologista
André Felicio, da Academia Brasileira de Neurologia. O especialista explica
que, durante a noite, o cérebro faz uma varredura entre as informações
acumuladas, guardando aquilo que considera primordial, descartando o supérfluo
e fixando lições que aprendemos ao longo do dia. "Por esse motivo, quem
dorme mal costuma sofrer para se lembrar de eventos simples, como episódios do
dia anterior ou nomes de pessoas próximas", diz.
Afeta o emagrecimento
Durante o sono nosso organismo produz a leptina, um hormônio capaz de
controlar a sensação de saciedade ao longo do dia. Por isso, pessoas que dormem
pouco produzem menores quantidades desse hormônio. Além disso, quem tem o sono
restrito produz mais quantidade do hormônio grelina, que provoca fome e reduz o
gasto de energia. "A consequência é a ingestão exagerada de calorias
durante o dia, pois o corpo não se sente satisfeito", explica a
endocrinologista Alessandra Rasovski, da Sociedade Brasileira e
Endocrinologia
e Metabologia. Segundo um estudo feito na Universidade de Chicago, pessoas que
dormem de seis a oito horas por dia queimam mais gorduras do que aquelas que dormem
pouco ou tem o sono fragmentado. A pesquisa afirma que a falta de sono reduz em
55% a queima de gordura.
Enfraquece a imunidade
É durante o sono que acontecem diversos processos em nosso organismo,
dentre elas a produção de anticorpos. De acordo com um estudo da Universidade
de Chicago (EUA), dormir pouco reduz a função imune e o número de leucócitos,
células responsáveis por combater corpos estranhos em nosso organismo. Segundo
a pesquisa, quem dormia quatro horas por noite por uma semana tinham os anticorpos
reduzidos pela metade, quando comparados aqueles que dormiram até oito horas.
Altera o funcionamento do metabolismo
As mudanças no ciclo do sono podem atrapalhar a síntese dos hormônios de
crescimento e do cortisol, já que ambos são produzidos enquanto dormimos.
"Os maiores efeitos dessa deficiência são despertar cansado, a dificuldade
de raciocínio e a ansiedade, que podem interferir na realização de tarefas do
cotidiano, levando a problemas como déficit de atenção, acidentes de trânsito,
indisposição física, irritabilidade e sonolência", diz a endocrinologista
Alessandra.
Leva ao envelhecimento precoce
Durante o sono, produzimos hormônios "rejuvenescedores", como
a melatonina e o hormônio do crescimento. "Esses hormônios exercem funções
reparadoras e calmantes para a pele, e a falta de sono impede que o corpo
descanse adequadamente", afirma a endocrinologista Alessandra. Os maiores
resultados disso são uma pele sem viço e com olheiras. O estresse provocado
pela falta de sono também favorece o aparecimento de rugas.
Interfere na produção de insulina
Pessoas com diabetes que tem um sono insuficiente desenvolvem uma maior
resistência insulínica, tornando o controle da doença mais difícil. É o que
afirma um estudo feito pela Northwestern University, dos Estados Unidos. Os
pesquisadores concluíram que portadores de diabetes que dormem mal tinham 82%
mais resistência à insulina que os portadores com sono de qualidade. Além
disso, a falta de sono adequado pode favorecer o aparecimento de diabetes tipo
2 em quem não tem a doença. "É durante o sono que o corpo estabiliza os
índices glicêmicos, por isso quem não tem um sono de qualidade sofre com o
descontrole do nível de glicose, podendo desenvolver diabetes", explica a
endocrinologista Alessandra.
Desregula a pressão arterial
A neurologista Rosa Hasan, responsável pelo Laboratório do Sono do
Hospital São Luiz, explica que a dificuldade em descansar durante a noite é
equivalente a um estado de estresse, aumentando a atividade da adrenalina no
corpo. "Uma noite mal dormida deixa o organismo em estado de alerta,
aumentando a pressão sanguínea durante a noite", explica a especialista.
Ela afirma que com o tempo essa alteração na pressão sanguínea se torna
permanente, gerando a hipertensão.
Afeta o desempenho físico
"Um sono incompleto é uma das principais causas de fadiga ou baixo
desempenho motor", afirma o neurologista André. Quando dormimos
profundamente e sem interrupções, nosso corpo começa a produzir o hormônio GH,
responsável pelo nosso crescimento, e que começa a ser sintetizado só 30
minutos depois de começarmos a dormir. "O hormônio do crescimento tem como
funções ajudar a manter o tônus muscular, evitar o acúmulo de gorduras,
melhorar o desempenho físico e combater a osteoporose", explica a
endocrinologista Alessandra.
Prejudica o humor
"A falta de sono faz com que o cérebro não descanse plenamente,
prejudicando a comunicação entre os neurônios", explica o neurologista
André. E os neurônios são os responsáveis por produzir os neurônios
relacionados ao nosso bem-estar, como a serotonina. "Por isso que um sono
deficiente impacta o nosso bom-humor de forma direta, podendo até favorecer
quadros de depressão."
Via Minha Vida
Fonte:Bíblia ea Ciência
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