Meditação da Mulher , A bengala perdida

 

A bengala perdida

Há tempo de procurar alguma coisa e tempo de parar de procurá-la. Eclesiastes 3:6, versão NCV

 

Era uma bengala bonita, para caminhadas. Eu a apreciava desde o dia em que Parker Christian, da Ilha de Pitcairn, nos presenteara com ela quando foi nosso hóspede em casa. Ele havia esculpido a bengala com madeira de pecã, e a usara até a noite antes de partir. Ainda me recordo das emocionantes histórias que nos contou ao redor da mesa do jantar.
Através dos anos, nossas mudanças nos levaram de Ohio para Nova York e para a Califórnia. Toda vez, eu empacotava a bengala de Parker com cuidado, para ter certeza de que ela chegaria intacta. Mas, por algum motivo, durante uma das mudanças, a ponta se quebrou. Guardei com cuidado a pequena peça, com a intenção de colá-la. Mas os dias passaram e ela permaneceu em minha gaveta.
Nossa mudança seguinte nos levou a Maryland, e mais uma vez me vi segurando a ponta da bengala. Preciso colar isto agora mesmo, pensei. Então, saí à procura da bengala, mas não a encontrei em lugar nenhum. Minha busca continuou até que, depois de várias décadas, precisei aceitar o fato de que

nunca mais a veria. Entendo que a bengala para caminhadas não é, em si, uma perda esmagadora, e sorrio ao concluir que aquela ponta em forma de sapatinho é tudo o que necessito para trazer de volta uma enxurrada de lembranças.
Ocasionalmente, retiro da prateleira meu livrinho The Story of Pitcairn Island [A História da Ilha de Pitcairn], de Norman Ferris. Ele sobreviveu a todas as minhas mudanças e é um relato interessante daquela famosa ilhazinha. Contudo, seu verdadeiro valor está no autógrafo de nosso amigo Parker Christian na primeira folha. Então, meu coração se aquece quando me lembro de outro livro que jamais será descartado da minha biblioteca. Em cada página, ele traz a assinatura de Alguém que é meu amigo especial, acima de todos os outros.
O Autor me ama de modo supremo; eu valorizo cada palavra dEle!
O minúsculo sapato está guardado com segurança em minha gaveta. Ocasionalmente, seguro-o na mão e me lembro da minha negligência. Ele se tornou uma lição objetiva para mim: seja qual for nossa perda, grande ou pequena, nosso Pai celestial tem uma forma de nos animar o coração com algumas lembranças preciosas. Em Seu Livro, Deus prometeu nunca nos deixar nem abandonar. Que Deus encantador e compreensivo!
Lorraine Hirsch-Olson
12 de setembro quarta

Meditação da Mulher Fonte: Cpb.com